Dentro da casa, decidia-se a vida e a morte dos detidos de toda a região e às suas portas chegavam parentes em busca de alguma certeza no meio de tanto vazio.
Fora, parecia como se houvesse ar. Dentro, pelo contrário, a casa girava. Talvez fossem suas curvas ou o estrondo interno de uma simetria exterior que produziam esse efeito ótico e anímico. O casarão da esquina das ruas Moreno e Córdoba guardava nessa vertigem cada uma das camadas da sua espessura histórica.
A casa foi desenhada em 1928 pelo consagrado arquiteto Ermette De Lorenzi como presente para seus pais. Entre os anos de 1976 e 1983, durante a última ditadura cívico-militar, foi sede do Comando do II Corpo do Exército. No prédio, foi desenhado o plano de perseguição e extermínio destinado às seis províncias que se encontravam sob a jurisdição desse Comando: Santa Fe, Entre Ríos, Corrientes, Misiones, Chaco e Formosa.
Em 1998, através do impulso de organismos de direitos humanos, a Câmara de Vereadores de Rosário aprovou a criação do Museu da Memória no emblemático casarão. No entanto, passaram mais de dez anos até o museu ser instalado nessa sede.
O Museu da Memória promove o acesso ao conhecimento e à pesquisa sobre a situação dos direitos humanos e a memória social e política no país, na região e na América Latina. Oferece ao público salas de amostras permanentes e temporárias, um centro documental, uma biblioteca especializada com mais de 3500 volumes e publicações periódicas, uma área de extensão educativa e outra de trabalho territorial. A partir de sua criação, consolidou-se como una instituição referente do seu tipo no âmbito nacional e internacional.
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